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segunda-feira, 25 de junho de 2012

Biografia - The Police


Em meio ao "movimento" punk que explodiu na Grã-Bretanha em, 1976/1977 com o motto "No future", pondo o niilismo e a sonoridade nua e crua na ordem do dia. Duas bandas emergiram na mesma época nas ilhas, da Irlanda, o U2 e, da Inglaterra, formada pelo baixista e vocalista Sting, o guitarrista Andy Summers e o baterista Stewart Copeland, surge o trio The Police. 

O Police se inspirava no som da Jamaica que alcançou aquelas bandas no começo dos anos 70 através da Island Records, que apresentou Bob Marley ao mundo, além de Toots and the Maytals, Burning Spear, Third World e Black Uhuru. E ainda no movimento Two Tone, criado na Grã-Bretanha, uma mistura de punk rock, ska e pop com músicos brancos e negros. Os nomes principais são The Specials, The Selecter, The Beat e Madness. 

Em 1977, o inglês de Newcastle Gordon "Sting" Sumners, 26 anos, e o americano da Virginia Stewart Armstrong Copeland, 25, formaram o Police com o guitarrista francês Henry Padovani, amigo de Copeland. O grupo lançou o single "Fall out" pelo selo independente IRS fundado por Copeland com Miles, irmão e empresário da banda. 

Padovani foi substituído no mesmo ano pelo inglês de Blackpool Andrew James “Andy” Summers, 35, veterano da cena musical, ex-Eric Burdon and The Animals. Copeland também tinha currículo como baterista do grupo americano de hard rock Curved Air. Sting era professor do ensino básico e tocava em grupos de jazz. Não tardou a rolar um contrato com a A&M Records e o lançamento do primeiro single, "Roxanne", em abril de 1978. Música composta no ano anterior por Sting em Paris, inspirado em prostitutas que rodavam bolsinha perto do hotel onde estavam hospedados.



O primeiro LP, "Outlandos d'amour", lançado em novembro de 1978, apresentou o trio ao mundo. Batida de reggae com pegada rock com um pouco de sujeira atribuída à influência do punk. O single "Roxanne" não emplacou nas paradas, só aconteceria quando relançado em 1979, depois da banda fazer uma turnê mambembe pela América, tocando onde fossem aceitos, eles e equipamento amontoados numa van. Roxanne foi então para o 12º lugar e o álbum para sexto na Grã-Bretanha. Além de “Roxanne”, "Can't stand losing you" e "So lonely" se incorporariam ao repertório da banda. Mas havia faixas loucas como "Hole in my life", com improvisos e solo de um sax doido e a mantrica "Masoko tanga".


"Regatta de blanc" (Reggae de branco), lançado em outubro de 1979, trouxe uma banda bem mais afiada pelas longas turnês, com arranjos muito trabalhados. Efeitos de guitarra e baixo, somados à pegada vigorosa de bateria, os agudos de Sting e a qualidade do repertório confirmam o Police como um supergrupo. A faixa-título, instrumental,é uma das minhas favoritas até hoje e valeu um Grammy para a banda, os singles "Message in a bottle" e "Walking on the moon" se destacaram, além de músicas mais estranhas como "On any other day." 

Nota do Jason : É neste disco que tem a canção "The Bed's Too Big Without You" ( Faixa 8 ) a canção que supostamente, o Paralamas do Sucesso teria "usado" para compor o Hit "Óculos" nos anos 80 ( A Banda de Herber Vianna afirmou na época que sua influência básica era o The Police ) 

Bom...na minha opinião, é Plágio mesmo ! os 2 primeiros discos dos Paralamas eram The Police 100% ( João Barone imitava tambem 100% o Stewart Copppeland ! )



"Zenyatta Mondatta" (outubro de 1980) foi considerado pela crítica um dos melhores álbuns de rock da história, número um na Grã-Bretanha e numero três na América. É puxado por uma pérola pop chamada "Don't stand so close to me", a primeira de uma série de canções impecáveis, como o outro hit single "De Do Do Do, De Da Da Da", a instrumental ''Behind my camel'' de guitarras sombrias e as politizadas "Driven to Tears," "When the world is running down you make the best of what's still around," e "Bombs away."


"Ghost in the machine" (Outubro de 1981) transformou o Police num grande sucesso nos Estados Unidos, puxado pelo single "Every little thing she does is magic" e, a seguir, por "Spiritis in the material world", ambas hits certeiros também nas pistas de dança, lembro que Dom Pepe soltava um Police ao final do show no Noites Cariocas e a pista inflamava. 

A turnê subseqüente colocou a América para comer nas mãos da banda, mas numa prova de que não ligavam muito para as regras do mercado, eles tiraram parte de 1982 para projetos pessoais. Isso depois de uma turnê que os trouxe ao Brasil onde tocaram para platéias meia bomba.



A volta triunfal aconteceu em junho de 1983 com "Synchronicity", o mais bem sucedido comercialmente, com 8 milhões de cópias vendias na América, puxado pelo megasucesso "Every breath you take", inspirado no clássico "Stand by me", de Ben E. King. Mas o disco contém muitas obras primas como as duas versões da faixa-título, "Wrapped around your finger", "King of pain" e "Tea in the Sahara." Depois de uma turnê bem sucedida em arenas e estádios, eles anunciaram uma parada sabática da qual nunca voltaram.

Videos

Aqui selecionei os melhores na minha opinião, e isso não foi fácil, pois achar o melhor dentro de todos, muito bons à excelente, não seria uma tarefa fácil, como não foi mesmo, gostaria de ter colocado todos os videos, mas como para resumir a trajetória deles, teria apenas que colocar os mais importantes dentro dos importantes.
























Fonte: Blog Jam Sessions

Resenha: 40 anos de "Ziggy Stardust"



No dia 3 de julho de 1973, a banda de David Bowie, maquiada e vestida como o grupo fictício Spiders From Mars, soltou os últimos acordes de “White Light/ White Heat”, cover do Velvet Underground, e se preparou para encerrar a apresentação com “Rock & Roll Suicide”, como havia feito nos últimos shows do camaleão. Mas Bowie resolveu fazer um pequeno interlúdio antes. “Não apenas é este o último show da turnê, mas é o último show que faremos. Obrigado”, declarou o cantor friamente a uma platéia efusiva. A banda, desavisada e em choque, começou a tocar. Nem eles e nem o mundo jamais veriam novamente Ziggy Stardust, o personagem que Bowie criara para si mesmo.

O adeus repentino de Ziggy fechava um ciclo que, como tudo nessa época para Bowie, movia-se mais rápido do que as pessoas ao redor do cantor conseguiam processar. Tudo começou, propriamente, em junho de 1971, quando Bowie e sua banda entraram em estúdio para gravar o álbum Hunky Dory, que seria lançado em dezembro. As músicas já haviam sido compostas há algum tempo. Enquanto o produtor Ken Scott mixava as faixas com os alto-falantes no último volume, Bowie compunha, com papel e caneta, músicas novas para seu próximo disco. The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders from Mars, o álbum que mudaria tudo, e que faz 40 anos de seu lançamento neste mês, estava composto antes de Hunky Dory ser finalizado.

Em novembro, Bowie e a banda voltaram ao estúdio para gravar essas novas faixas. A ideia de que Ziggy era um álbum conceitual, contando a história de um roqueiro alienígena que comete suicídio, é polêmica. “It Ain’t Easy”, por exemplo, havia sido gravada para Hunky Dory. “Starman” foi adicionada a pedido de gravadora, que havia sentido falta de um hit no álbum. E a ordem das faixas foi decidida com o objetivo de deixar o lado A e o lado B do vinil com durações semelhantes.

Ainda assim, o personagem estava ali. A versão de carne e osso surgiu ao longo de dezembro e janeiro, quando Bowie e sua esposa Angie começaram a compor a parte estética. Havia de tudo no Bowie alienígena: Lou Reed, Iggy Pop, Marc Bolan, The Legendary Stardust Cowboy, teatro japonês, mímica e a tradicional fascinação pelo espaço. O corte de cabelo, criado pela cabeleireira Suzi Ronson, era uma mistura de três cortes diferentes que Bowie viu numa revista. Na capa do disco, Bowie ainda está loiro – depois, para aumentar o impacto, decidiu-se pelo tom vermelho-fogo.





Difícil foi fazer a banda aceitar usar as roupas extravagantes dos Spiders From Mars. Mick Ronson (guitarrista e sidekick de Bowie), Mick Woodmansey (baterista) e Trevor Bolder (baixista) eram três sujeitos hétero, vindos da classe operária. Foi estranho para eles, mas não que tivessem escolha. Naquela época, tudo girava ao redor de Bowie e qualquer extravagância acabava sendo absorvida. O único desconforto real foi quando Bowie declarou que era gay à revista Melody Maker, em janeiro de 1972. Mas tudo ficou bem de novo quando o grupo fez seu primeiro show travestido e, para total surpresa do trio, a plateia adorou.

O álbum Ziggy Stardust só seria lançado em junho de 1972, mas Bowie começou sua turnê em fevereiro. “Starman”, o primeiro single, saiu em abril, e mudou a carreira de Bowie. Ele agora era uma estrela. Seus shows eram lotados com moças histéricas que copiavam seu cabelo e maquiavam um círculo na testa, igual ao do ídolo. O cantor foi ao tradicional programa Top Of The Pops tocar “Starman”. Sua casa começou a ser frequentada por gente do naipe de Mick Jagger e George Harrison. Bowie era finalmente o ícone que queria ser.

Mas Ziggy só é o que é porque o disco, de fato, foi uma das melhores coisas a surgir na música em muito tempo. “Five Years”, que levou o cantor às lágrimas durante a gravação, abre o álbum com seu crescendo emocional narrando a triste constatação de que o mundo vai acabar e todos temos apenas cinco anos para aproveitar. Quando os gritos desesperados param, entra o R&B de “Soul Love”, em que Bowie observa que o amor não é para todos e que “amor não é amar”. A dureza da letra contrasta com a humanidade da melodia, marcada pelo baixo quente de Bolder e por um saxofone econômico.





“Moonage Daydream”, a belíssima balada de piano em que Bowie pede a alguém para “apertar seu rosto espacial contra o meu”, foi a única música do disco em que o cantor levou mais de um take para gravar os vocais. Bowie geralmente causava correria no estúdio porque, quando se colocava para gravar, a captação precisava estar em total ordem – seu primeiro take era geralmente perfeito e, se fosse, ele não o repetia.

“Starman” foi a música que fez o Reino Unido lembrar que Bowie existia – para muitos, ele tinha feito “Space Oddity” e só. O megahit empresta os la-la-las do T. Rex e evoca “Over The Rainbow” no começo do refrão, mas o charme e a personalidade pop de Bowie dominam a música do começo ao fim. “It Ain’t Easy” destaca o croon do cantor sobre um violão e um baixo simples e ganha corpo só no refrão, quando um coro explode cantando “it ain’t easy to get to Heaven when you’re going down”. Os backing vocals femininos e as alusões religiosas da letra dão um toque gospel à faixa, que, somada à sua origem country (ela foi composta pelo americano Ron Davies), forma uma versão peculiar e ótima.

“Lady Stardust”, uma homenagem ao amigo e rival Marc Bolan, chegou a ser tocada ao vivo com o rosto do vocalista do T. Rex projetado no telão. Uma balada nostálgica com trejeitos de piano bar, a faixa abre caminho para o doo-woop de “Star”. Emulando os momentos mais pop de Paul McCartney nos Beatles, Bowie se apoia em um piano martelante e em backing vocals quase engraçados (“uuuuh chaa-ya-ya-ya”), mais alguns riffs poderosos de Ronson, para falar sobre suas ambições de ser um astro. “Hang On To Yourself” traz vocais falados e uma guitarra vibrante que culminam no refrão com um ótimo riff de baixo e palminhas.






“Ziggy Stardust” é a música que pessoas que nunca ouviram o disco usam para falar de Bowie, como se fosse seu maior ou melhor hit. Não é nenhum dos dois, mas seu riff de guitarra, que usa bem o silêncio para dar clima, cria um ambiente rock bem adequado para Bowie descrever seu personagem. A letra é uma egotrip deliciosa – quem mais, além de Bowie, conseguiria cantar um verso como “The kids were just crass, he was the nazz, with God given ass” sem soar brega?

As guitarras cocainadas de “Suffragette City” e suas referências à linguagem de Laranja Mecânica (uma influência forte para Bowie na época) a tornam uma das melhores do disco. Guitarra e piano disputam atenção no refrão, enquanto um sintetizador tentando imitar um sax faz o fundo e depois é trazido à frente no solo. Enquanto isso, um Bowie adolescente e pilhado implora para que o colega de quarto deixe o apê vazio para que ele possa receber uma garota (“she’s a total blam-blam!”). Há uma energia nessa música que só se veria de novo no punk, anos depois. E, ao mesmo tempo, existe a malícia do rock dos anos 50. Uma pérola.




Em “Rock & Roll Suicide”, o tempo pega um cigarro, coloca na boca de Ziggy e pede a ele que tome uma decisão. O alienígena rockstar, “too young to lose it, too young to choose it”, escolhe se matar. Bowie se descola do próprio personagem e conversa com ele (“gimme your hands”). A música cresce em drama e ganha metais e backing vocals sisudos no final, até terminar quase de surpresa. Um epitáfio sem condescendências.

Quando Bowie matou Ziggy ao vivo em 1973, a fama já havia subido à sua cabeça – ele não conversava mais com a banda e só via os músicos em cima do palco. A decisão de não contar a eles sobre o fim da turnê foi entendida como uma traição, e a banda acabou se desfazendo. Mas Bowie ainda tinha muito a criar. Seu próximo álbum, Aladdin Sane, foi tão genial quanto Ziggy, embora menos prestigiado, e a trilogia de Berlim traria a ele um respeito artístico que poucos alcançam. Destruir foi o modo que Bowie encontrou para poder seguir em frente. Só que, agora, ele poderia ir para onde quisesse.




Faixas:
"Five Years" – 4:43
"Soul Love" – 3:33
"Moonage Daydream" – 4:35
"Starman" – 4:16
"It Ain't Easy (Ron Davies) – 2:56
"Lady Stardust" – 3:20
"Star" – 2:47
"Hang on to Yourself" – 2:37
"Ziggy Stardust" – 3:05
"Suffragette City" – 3:19
"Rock 'n' Roll Suicide" – 2:57